sábado, 24 de fevereiro de 2018

Exorcistas-Mor: Quem são, Como Vivem, Como Pagam suas Contas?


Hoje em Tupanaoca, a dura vida de nossos heróis que não ganham por trabalho ruim como nossos políticos e nem recebem doações de Igrejas



É isso mesmo que você leu no título, você vive uma vida dura, luta como um leão, morre como um herói virtuoso, aceita a missão de Deus de retornar à terra para preservar a vida e salvar as almas das pessoas, vai lutar, vai morrer outra vez e não receberá financeiramente nada por isso.

Não é à toa que para se tornar um Exorcista-Mor o indivíduo precise ser verdadeiramente virtuoso. Seria mais fácil viver às custas da herança do pai como o Batman, o Arqueiro Verde, o Homem de Ferro ou o Professor Xavier, ou ser um príncipe de uma nação como o Aquaman, o Pantera Negra e o Namor, mas estamos no Brasil, nossos heróis estão mais para Homem-Aranha do que para o primeiro grupo.

Minto, nossos exorcistas também não estão no grupo do Homem-Aranha (Lamento para quem achou que fosse assim). Não podemos esquecer que estamos tratando de heróis lendários que viveram adquiriram experiência de vida e caminham pela terra a mais de uma centena de anos. Experiência vale muita coisa e eles sabem como tirar proveito dela.

Vejamos nosso Exorcista-Mor Cobra Honorato. Sua profissão é a de ourives. Ele é um joalheiro que só é conhecido pelas iniciais C.H. E ele é um artesão misterioso e seu trabalho vale muito dinheiro. As peças que produz são vendidos pela Fundação Tupanaoca por uma média de preços que varia de R$ 5.000,00 à R$ 150.000,00 e pessoas compram. A média de vendas é de duas à três peças por mês o que faz com que seus lucros, descontado os impostos, não fique nunca menor que R$ 14.000,00 em meses fracos. Não é um dinheiro ruim. Atualmente as vendas estão até melhores devido fato de Sariel ser apaixonada por tecnologia e as negociações puderem agora ser feitas pela internet com potenciais compradores de todo o mundo, no ano passado a melhor venda foi de R$ 230.000,00.

Cobra Honorato só faz peças por encomenda, cada peça é única e feita de forma exclusiva para o comprador. O valor de sua arte é alto não só pela qualidade do que faz, mas também pelo material. Como é ele mesmo quem garimpa nos rios do Brasil as pedras preciosas, os seus diamantes, rubis, safiras e esmeraldas são muito mais belos que os da concorrência. A Fundação sempre recebe visitas de empresários em busca do artesão da marca C.H para firmar parcerias, mas a resposta é sempre a mesma: “C.H é um artista que só trabalha com pequenas quantidades de encomendas, ele escolhe seus clientes e não abre mão disso.”

Mas o que Cobra Honorato faz com o dinheiro? Na verdade, tudo que os exorcistas recebem fica com a Fundação Tupanaoca. Cobra Honorato é apenas mais um dos cooperados junto com os outros exorcistas e o que ele ganha é somado com todos os outros. Nossos Exorcistas Maiores recebem um cartão da empresa onde podem sacar e pagar as contas da forma que acharem necessário sem a necessidade de precisar ficar se identificando. Nenhum Exorcista-Mor faz questão de saber se um ou outro primo (que é como a forma como os exorcistas se tratam) está fazendo mais dinheiro, este não é o verdadeiro trabalho deles. Os exorcistas raramente se encontram, mas são uma família. O que é recebido por um é dividido por todos e eles são felizes tralhando desta forma.

domingo, 18 de fevereiro de 2018

O Folclore, o Samba e a Intervenção Federal

A Lenda do Carnaval que fez o Governo usar o Capítulo VI da Constituição


E lá vamos nós com mais um artigo e desta vez um pouco diferente. Creio que seja oportuno falar um pouco sobre o Carnaval. Mas por que carnaval em um Blog que tem o objetivo de contar histórias com ligação com o folclore?

Vamos começar com o básico: o que é folclore? Folclore é o conjunto de tradições e manifestações populares constituído por lendas, mitos, provérbios, danças e costumes que são passados de geração em geração. Podemos citar como manifestações folclóricas as Festas Juninas, as Marujadas e o Carnaval.


Um Pouco sobre a História do Carnaval

O Carnaval no Brasil começou sua história no Período Colonial. Uma das primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos. Estes saíam pelas ruas com seus rostos pintados, jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas. Tais bolinhas nem sempre eram cheirosas. O entrudo era considerado ainda uma prática violenta e ofensiva, em razão dos ataques às pessoas, mas era bastante popular.

Por volta de meados do século XIX, no Rio de Janeiro, a prática do entrudo passou a ser criminalizado. Todavia, as camadas populares não desistiram de suas práticas carnavalescas surgindo os chamados cordões e ranchos, ambos ligados à população rural e a práticas religiosas usando de procissões, capoeira e tocadores de bumbos. A elite do Império começou a organizar os Bailes de Carnaval nos teatros e clubes cariocas.  As marchinhas de carnaval surgiram também no século XIX, e o nome originário mais conhecido é o de Chiquinha Gonzaga, bem como sua música O Abre-alas. 

O samba somente surgiria por volta da década de 1910, com a música Pelo Telefone, de Donga e Mauro de Almeida, tornando-se ao longo do tempo o legítimo representante musical do carnaval.
Hoje, no século XXI, milhões de pessoas vão às ruas em dezenas de cidades brasileiras fazendo do carnaval o maior espetáculo popular do mundo.


Não Subestimem as Manifestações populares

Enquanto alguns pulam e se divertem (nas ruas ou não), outros abrem sua metralhadora de protestos contra o carnaval acusando a felicidade alheia de ser a causa dos problemas sociais do país usando de frases na internet tipo: “Se as pessoas fossem para as ruas protestar contra a situação do país em lugar de se divertir, nosso Brasil seria outro!” Mas será isso verdade? Não tenho pretensão de fazer qualquer tipo de juízo político (até porque, se tem uma coisa que história nos ensina é de não ter políticos de estimação porque eles vão te morder) o que quero e acho relevante, como escritor e como artista, é de como a cultura popular não pode ser subestimada e o fato dela ter, sim, poder para mudar o rumo das coisas de uma maneira tão surpreendente quanto o roteiro de um longa-metragem.


Ato I – Entendendo a Causa (Ou boa parte dela).
Em um momento de vacas gordas, o então presidente da República Luís Inácio, o Lula, orgulhosamente trouxe para o Brasil a Copa do Mundo e as Olimpíadas do Rio de Janeiro. Países mais estruturados que o Brasil acharam a ideia uma loucura, Barcelona, Londres e Grécia gastaram milhões de dólares em estrutura para cumprir um caderno insano de encargos para receber o evento das Olimpíadas e mesmo eles afundaram em dívidas e praticamente faliram. O Brasil tinha que cumprir dois cadernos, o da Copa e o Olímpico. Resumindo: ou na época o Brasil engrenava e virava uma Superpotência ou ia dar zica, o país ia se endividar, a corrupção ia escancarar e o povo é que ia pagar... Claro, dado a nossa “competência política histórico-administrativa” ficamos com a segunda opção.

Antes mesmo da Copa, antes da então Presidente Dilma terminar seu primeiro mandato, já haviam protestos nas ruas devido aos atrasos e os gastos com o primeiro evento, estádios prontos foram reformados com gastos milionários e elefantes brancos em estados sem tradição no futebol foram erguidos para a alegria dos empreiteiros de obras superfaturadas. Obras de estrutura viária duvidosas (como o viaduto da Copa que caiu em BH, ou o VLT de Cuiabá que não foi entregue, mas foi gasto). Dilma já chegou ao final do Primeiro Mandato com as finanças desorganizadas precisando de “pedaladas fiscais” para fechar as contas.

Veio então as Olimpíadas do Rio, com problemas entre a União, o Estado do Rio e a Prefeitura do Rio no cumprimento do caderno de encargos do Comitê Olímpico Internacional. Mais obras superfaturadas aconteceram, obras com engenharia duvidosa (como a ciclovia lagoa-barra), obras históricas que jamais terminaram (como a despoluição da Bahia da Guanabara). O resultado, como os países organizados previram, foi a implosão do Brasil. O Estado do Rio de Janeiro praticamente faliu, o corredor de corrupção ficou escancarado resultando do Impeachment da presidente Dilma e na posse do até então “vice decorativo” Michel Temer.

Temer chegou com a promessa de reativar a economia brasileira, com queda brusca na arrecadação de impostos devido a grande quantidade de empresas que fecharam e a alta taxa de desemprego e inflação alta. O legado que ele queria deixar no seu último ano de governo era do homem que encarou o problema da previdência social do país. Só que, com um plano ruim de correção da previdência e apoiado pelo congresso nacional mais pilantra da nossa história o que se viu foi uma série de favores financeiros sem nenhum resultado prático a não ser tornar o nosso querido “mordomo do Drácula” na figura menos confiável de todos os últimos presidentes que passaram.



Ato II – A Vingança do Carnaval
Temer, aliás, é a grande figura do momento histórico que entramos a partir do dia 16/02/2018. Ele é um cara que diz que não se importa com pesquisas do Datafolha e Ibope de popularidade, mas foi o autor da carta que demonstrou o quanto ele é orgulhoso quando era vice de Dilma Rousseff com a famosa lamentação de ser um “Vice Decorativo”. Ao seu lado está o então governador do Rio de Janeiro Pezão, que achou que conseguiria marcar no peito e sair jogando a estratégia do Cabral quando, em Abril do ano das eleições, deixou o comando do Estado com ele e se mandou literalmente depois de furtar o Estado de tal forma que hoje é um feliz morador do Complexo Penitenciário na Região Metropolitana de Curitiba. E, finalizando o trio, o prefeito que “não gosta de samba, bom sujeito não é!” Marcelo Crivela, que entre ser Prefeito do Rio de Janeiro e Bispo Evangélico, ele demonstrou que vai preferir a segunda opção.

Tudo começou em 2017, o Estado do Rio, com salários atrasados e fornecedores sem receber precisou cortar despesas e, desta forma, o Carnaval sofreu seu primeiro baque. Para o carnaval de 2018 a situação não melhoraria e ainda teve o agravante do Município, através de seu representante máximo, demonstrar reiteradas vezes o preconceito contra qualquer coisa ligada a “cultura africana satânica do carnaval”. Não adianta a boca apontar para a esquerda se suas ações são para a direita, o povo, o carnavalesco, entendeu bem o recado.

Resultado: Ratos e Vampiros dançaram em um desfile claramente de protesto na Sapucaí, Paraíso do Tuiutí e Beija-Flor de Nilópolis chegaram a constranger a Rede Globo que, por contrato, transmitiu o desfile para todo o Brasil e grande parte do mundo. A imagem do povo seguindo com a Beija-Flor no final do desfile, numa clara mensagem: “Este carnaval me representa” foi assombroso, especialmente para a classe política brasileira.



Coincidência? Eu acho que não.

Terça-feira, após os desfiles, Temer se reuniu com o governador Pezão e o Presidente da Câmara para dar partida a uma Intervenção Federal que foi autorizada na sexta, dia 16/02/2018 para o Estado do Rio de Janeiro. Um alívio para quem já se cansou da rotina de arrastões, furtos de celulares e carteiras, bandidos em carros e motos de fuzis, explosão de granadas, tiroteios e morte. Não que vá resolver o problema, mas, ao menos é uma aspirina na eterna dor de cabeça que é a segurança do Estado.

O impacto da medida extrapola o Rio de Janeiro, uma vez que a Constituição prevê que, durante uma intervenção federal, não pode haver qualquer alteração constitucional no país. Isso inviabilizaria, por exemplo, a Reforma da Previdência.

Sou de opinião que o Temer já viu que a Reforma da Previdência foi para o ralo. Que ao ver o Vampiro na passarela ele ficou bolado com o tanto de dinheiro que tem dado aos Deputados e as reformas que ele queria como legado não estão indo para frente. Ele é orgulhoso, entrou como presidente pela porta dos fundos e se não fizer nada, não deixar nenhum legado, sairá pela mesma porta que entrou.

Apenas uma coisa é certa: entre a briga de coxinhas e mortadelas, quem fez história foi o Samba. O governo teve que se mexer, porque o Samba é lendário. Fica a lição: não se deve subestimar a cultura brasileira.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Vale Expocomics edição 2018

CRESCENDO E SE CONSOLIDANDO COMO O MAIOR EVENTO GEEK DO FIM DE VERÃO EM SÃO PAULO

As cidades de Taubaté e Pindamonhangaba estarão recebendo este ano mais uma edição do evento Expocomics. O evento anual tem se consolidado no mês de março como um dos mais relevantes eventos de quadrinhos e cultura geek da atualidade sempre trazendo convidados do meio artístico, atrações como cosplays e cantores. O espaço do artista tem sido muito valorizado e existe uma política de apoio e logística que me deixou muito impressionado.

Até o momento já foram convidados os artistas Lipe Diaz, Rodney Buchemi, Bruno Honda Leite, Laudo Ferreira Jr e o Denis Mello.

Tudo correndo sem imprevistos, Tebhata e Eu estaremos neste evento na cidade de Pindamonhangaba pela primeira vez. A ideia dos organizadores é estender o foco da Nona Arte por todo o Brasil e, como quem busca consegue, está pintando aí um Super Evento.

Vamos estar na área reservada aos artistas nos dias 16, 17 e 18 no Shopping Pátio Pinda. Tupanaoca 2018 vai estar lá (Se Deus quiser)!